Entrada de US$ 500 milhões abre várias possibilidades, de aquisições a novos produtos. Mas analistas advertem: empresa não deve perder o foco.
Com o Facebook nadando em dinheiro, o fenômeno das redes sociais ganha músculos para lidar melhor com o peso-pesado tecnológico Google.
Mas, embora o investimento de 500 milhões de dólares do banco Goldman Sachs e de um investidor russo possa ajudar bastante a validar o negócio por trás da rede social, sobram dúvidas sobre o que o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, deveria fazer com esta força adicional.
São várias as opiniões sobre qual deveria ser o próximo passo de Zuckerberg. Mas a maioria concorda que o empreendedor e bilionário de 26 anos deve se esforçar para não perder o foco.
"O Facebook precisa evitar os perigos resultantes de ser grande e ter muito dinheiro", disse Augie Ray, analista da Forrester. "Pode surgir a tentação de pulverizar muito dinheiro para explorar diferentes iniciativas, mas o Facebook precisa continuar a ter foco nos valores fundamentais que criou em torno do compartilhamento, relacionamento e comunicações pessoais."
Na segunda-feira (3/1), surgiram informes de que o banco de investimento Goldman Sachs comprou uma parte do Facebook, avaliando a rede social em 50 bilhões de dólares e investindo 450 milhões nela. Outros 50 milhões de dólares vieram do grupo russo de investimentos Digital Sky Technologies.
"O valor do Facebook disparou", disse Dan Olds, analista do Gabriel Consulting Group. "Com esta negociação, o valor total do Facebook atingiu 50 bilhões. E, se as estimativas estiverem corretas, o valor geral do Facebook supera sua receita em mais de 40 vezes, o que é um número alto diante do atual cenário econômico."
Olds foi rápido em notar que a notícia é ótima não apenas para empresas de redes sociais, mas para a indústria de TI como um todo.
Mas o investimento do Goldman Sachs faz com que os holofotes mirem de forma mais intensa o Facebook.
Rob Enderle, analista do Enderle Group, disse que Zuckerberg seria inteligente se economizasse parte desse dinheiro porque ele seria necessário para enfrentar a Google.
Embora boa parte da atenção tenha sido capturada pela competição entre Google e Microsoft, há uma rivalidade crescente entre Google e Facebook. Faz sentido. Essas empresas são líderes em suas áreas. E, talvez o mais importante, ambas querem dominar a web social.
O Facebook - o site mais visitado de 2010 - é líder na web social, mas se comenta que a Google esteja trabalhando em sua própria rede social para competir diretamente com o Facebook.
"O Facebook precisa usar este dinheiro novo para aprontar-se para a guerra com a Google, que é onde ele enfrentará seu maior desafio", disse Enderle. "Encontrar meios para melhor monetizar seus ativos, negar à Google qualquer receita sobre estes ativos, e fazer seus produtos decolar seriam conselhos estratégicos em termos de investimento."
Enquanto Olds diz esperar que o Facebook use parte do dinheiro para fazer algumas aquisições estratégicas, Ray adverte que Zuckerberg seria sábio se não começasse a jogar dinheiro por aí.
"Se o Facebook continuar a fazer o que fez em 2010, que é construir e fazer evoluir sua proposta de valor, então ele evitará diluir sua marca e seus produtos", disse Ray. "Há muitas áreas nas quais o site pode investir e crescer... Se eu fosse escolher uma empresa cujo terreno poderia ser invadido pelo Facebook em 2011, eu apontaria a Yelp. Compartilhar recomendações de empresas locais, encontrar amigos, fazer planos e descobrir novos lugares são essenciais à vida pessoal e ao relacionamento dos usuários, e o Facebook já caminha nesta direção."
Mas, embora o investimento de 500 milhões de dólares do banco Goldman Sachs e de um investidor russo possa ajudar bastante a validar o negócio por trás da rede social, sobram dúvidas sobre o que o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, deveria fazer com esta força adicional.
São várias as opiniões sobre qual deveria ser o próximo passo de Zuckerberg. Mas a maioria concorda que o empreendedor e bilionário de 26 anos deve se esforçar para não perder o foco.
"O Facebook precisa evitar os perigos resultantes de ser grande e ter muito dinheiro", disse Augie Ray, analista da Forrester. "Pode surgir a tentação de pulverizar muito dinheiro para explorar diferentes iniciativas, mas o Facebook precisa continuar a ter foco nos valores fundamentais que criou em torno do compartilhamento, relacionamento e comunicações pessoais."
Na segunda-feira (3/1), surgiram informes de que o banco de investimento Goldman Sachs comprou uma parte do Facebook, avaliando a rede social em 50 bilhões de dólares e investindo 450 milhões nela. Outros 50 milhões de dólares vieram do grupo russo de investimentos Digital Sky Technologies.
"O valor do Facebook disparou", disse Dan Olds, analista do Gabriel Consulting Group. "Com esta negociação, o valor total do Facebook atingiu 50 bilhões. E, se as estimativas estiverem corretas, o valor geral do Facebook supera sua receita em mais de 40 vezes, o que é um número alto diante do atual cenário econômico."
Olds foi rápido em notar que a notícia é ótima não apenas para empresas de redes sociais, mas para a indústria de TI como um todo.
Mas o investimento do Goldman Sachs faz com que os holofotes mirem de forma mais intensa o Facebook.
Rob Enderle, analista do Enderle Group, disse que Zuckerberg seria inteligente se economizasse parte desse dinheiro porque ele seria necessário para enfrentar a Google.
Embora boa parte da atenção tenha sido capturada pela competição entre Google e Microsoft, há uma rivalidade crescente entre Google e Facebook. Faz sentido. Essas empresas são líderes em suas áreas. E, talvez o mais importante, ambas querem dominar a web social.
O Facebook - o site mais visitado de 2010 - é líder na web social, mas se comenta que a Google esteja trabalhando em sua própria rede social para competir diretamente com o Facebook.
"O Facebook precisa usar este dinheiro novo para aprontar-se para a guerra com a Google, que é onde ele enfrentará seu maior desafio", disse Enderle. "Encontrar meios para melhor monetizar seus ativos, negar à Google qualquer receita sobre estes ativos, e fazer seus produtos decolar seriam conselhos estratégicos em termos de investimento."
Enquanto Olds diz esperar que o Facebook use parte do dinheiro para fazer algumas aquisições estratégicas, Ray adverte que Zuckerberg seria sábio se não começasse a jogar dinheiro por aí.
"Se o Facebook continuar a fazer o que fez em 2010, que é construir e fazer evoluir sua proposta de valor, então ele evitará diluir sua marca e seus produtos", disse Ray. "Há muitas áreas nas quais o site pode investir e crescer... Se eu fosse escolher uma empresa cujo terreno poderia ser invadido pelo Facebook em 2011, eu apontaria a Yelp. Compartilhar recomendações de empresas locais, encontrar amigos, fazer planos e descobrir novos lugares são essenciais à vida pessoal e ao relacionamento dos usuários, e o Facebook já caminha nesta direção."
(Sharon Gaudin)
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