quarta-feira, 11 de maio de 2011

Para acreanos, é preciso 'coragem' para ligar PC à web em praça pública

Fonte: G1 Tecnologia


Projeto do governo oferece conexão sem fio em 15 pontos de Rio Branco.
Relatos de roubos de aparelhos assustam moradores da capital.

Laura BrentanoDo G1, em Rio Branco
Ana Paula Diógenes e Ana Paula Mesiano preferem usar smartphone quando estão na praça (Foto: Laura Brentano/G1)Ana Paula Diógenes e Ana Paula Mesiano usam a internet da praça pelo smartphone (Foto: Laura Brentano/G1)
A estudante Ana Paula Souza Diógenes, de 17 anos, diz que é preciso mais do que simples vontade para se abrir o notebook na praça diante da Biblioteca Pública de Rio Branco. “Os corajosos usam. Mas não me importo de usar o celular aqui. É mais fácil de sair correndo com ele”, diz. A praça é a mais movimentado entre os 15 pontos de wi-fi na capital acreana sob amparo do projeto Floresta Digital, do governo do estado, mas as notícias sobre o roubo de computadores no local intimidam alguns usuários potenciais.

Na série lig@dos, o G1 vai mostrar como pessoas de diferentes locais se relacionam com a tecnologia. Na primeira etapa, mostraremos três cidades em diferentes estados da região Norte do país. Mande suas perguntas na área de comentários ao final da reportagem.
Rio Branco - ligados (Foto: Editoria de Arte/G1)
“Eu acho mais seguro usar o notebook dentro da biblioteca. Lá tem a vantagem de ter ar-condicionado”, completa a estudante Ana Paula Mesiano, de 18 anos. “Pelo celular, acesso o Orkut, Twitter e MSN. No Twitter, publico o que estou fazendo. No MSN, gosto de entrar para convidar os amigos para a praça”, diz Diógenes.
Davi Sopchaki, de 22 anos, e Thiago Fialho, 25, sempre se encontram na praça para estudar. “Acho seguro usar o notebook aqui. Normalmente, tem policial”, afirma Davi. “Sempre que vou à biblioteca, aproveito o wi-fi na praça para entrar na rede”, diz Thiago. Davi tem um smartphone com conexão 3G, que não pega na universidade. “Lá, sempre me conecto no wi-fi”. “A internet pública não é das melhores, mas dá para fazer coisas básicas”, explica Thiago.
Thiago Fialho e Davi Sopchaki acessam a internet da praça para estudar (Foto: Laura Brentano/G1)Thiago Fialho e Davi Sopchaki arriscam usar o notebook na praça quando tem policial (Foto: Laura Brentano/G1)
Natanael Soares Ramalho, de 18 anos, recebeu do governo do Acre um netbook. Ele poderá usar o aparelho para os estudos até o final do ano, quando termina o Ensino Médio. Com o computador em mãos há três semanas, ele já usou o Floresta Digital na praça da biblioteca duas vezes. Em casa, Natanael não tem internet. Por isso, a única opção que tem é usar o aparelho em lugares públicos. Quando perguntado se tinha medo de ser assaltado, Natanel apontou para os dois policiais que estavam de vigia na praça. “Quando tem polícia perto, não tenho medo”.
Parque da Maternidade com placa do Floresta Digital. Durante o dia, calor afasta pessoas do parque (Foto: Laura Brentano/G1)
Parque da Maternidade com placa do Floresta
Digital. Durante o dia, calor afasta pessoas
do lugar (Foto: Laura Brentano/G1)
Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Civil, não há histórico de ocorrências de roubo de notebooks em pontos públicos de Rio Branco. “Houve apenas um caso de uma pessoa de fora do Acre que estava usando o notebook para conversar com a família. Ele estava na praça em frente à Biblioteca Pública quando um bandido chegou e levou o aparelho. Mas, duas quadras depois, os policiais capturaram o bandido. Ele foi preso em flagrante e o notebook foi recuperado”, explicou o assessor Pedro Paulo Tavares. Ele também afirmou que a polícia não precisou ser reforçada nessas áreas com internet.
Entre os outros pontos que contam com wi-fi está o estádio de futebol Arena da Floresta e o Parque da Maternidade. No entanto, como Rio Branco é uma cidade com clima quente, dificilmente se vê pessoas com notebooks na cidade durante o dia.

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